quarta-feira, 21 de junho de 2017

Relato Agora sou Mãe - Parte II

A visita de todos os meses já estava uma semana atrasada eu estava no trabalho, mas me deu a doida e corri na farmácia para comprar um teste de gravidez, corri pro banheiro bem quieta e o teste deu negativo.

Bateu uma tristeza misturada com sei lá o que, joguei fora e voltei ao trabalho, nesse meio tempo sentia muita dor nos seios, mas eu sempre senti na época da menstruação, só que estava um pouco mais acentuada, eu descia as escadas bem devagar, por conta da dor e não achava que poderia ser outra coisa senão a visita de todos os meses se anunciando.

Acho que mais uma semana a 10 dias se passaram do primeiro teste, eu e Diego estávamos no shopping fazendo compras de natal e precisava passar na farmácia, porque minha prima tinha machucado o pé e fiquei de comprar alguma coisa pra ela passar, aí aproveitei que estava lá e comprei outro teste, Diego nem queria que eu comprasse porque o outro já tinha dado negativo, mas eu pensei... que mal, não iria fazer, então comprei.

Chegando em casa fui direto pro banheiro e depois de algum tempo começo a gritar pelo Diego, porque o teste tinha dado positivo!!! Ele chegou na porta do banheiro perguntando se tinha dado positivo e eu entreguei o teste a ele e disse para ele conferir, e ele constatou que era positivo mesmo.

Como era domingo não tinha como eu fazer exame de sangue, pedi ao Diego pra ir comprar outro teste de farmácia porque eu não estava acreditando que eu estava grávida. Na minha cabeça não tinha como ser verdade. Diego ficou tentando me convencer a esperar a segunda para fazer o exame de sangue, mas eu não quis esperar, e fiz ele ir buscar o teste e eu queria aquele com as semanas.

Ele foi buscar contrariado, e nesse meio tempo eu fiquei bebendo água pra conseguir fazer xixi quando ele chegasse da farmácia. Quando ele chegou corri de novo pro banheiro pra refazer o teste primeiro apareceu "grávida" e depois "2-3 semanas".

Aí foi um misto de felicidade e desespero, e Diego em estado de choque, kkkkk, mas ainda assim nada de a ficha cair.

Na segunda logo cedo fui ao médico fazer exame de sangue e o resultado sairia as 16h, depois das 14h eu ficava de 5 em 5 minutos apertando f5 para atualizar a página do laboratório para ver se o resultado tinha saído.

Enfim saiu... e o resultado era:

Superior a 1000.00 mUI/mL

Interpretação:

Valores inferiores a 5,00 mUI/mL não correlacionam-se com Gestação.
Valores entre 5,00 e 25,00 mUI/mL devem ser repetidos após 01 semana.
Valores superiores a 25,00 mUI/mL correlacionam-se com Gestação.

Ou seja "gravidissíma" como meu médico depois bem me disse, mas acreditem se quiserem eu ainda não acreditava que estava grávida, parece idiotice da minha parte, mas o médico me disse que eu teria dificuldade de engravidar, que teria que fazer tratamento para induzir uma gravidez e ali estava o exame me dizendo o contrário...

Liguei pro meu médico falei com ele e ele me pediu para que eu enviasse o resultado por e-mail e depois de um tempo eu liguei pra ele novamente e ele me disse o que falei acima, você está: "gravidissíma, meus parabéns!"

E aí vem aquela inundação de felicidade, de medo, de confusão e outros mil outros sentimentos que eu nem sei nomear.

E foi aí que comecei a me dar conta de que eu realmente tinha um serzinho no meu ventre. E eu era/seria?! MÃE!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Reinauguração!


Relato Agora sou Mãe - Parte I


Depois de alguns bons anos, eis que retorno para compartilhar uma das maiores bençãos que se pode receber. A de se ter um filho, não vou dizer que é ser mãe, porque não seria justo com os papais, então é isso. Não sei com que tempo vou conseguir escrever, mas vou tentar, um porque eu quero e dois porque eu preciso.

Foram muitos sentimentos confusos até o momento de nos tornarmos pais, então decidi compartilha-los porque tenho a chance de dividir com outras pessoas que as vezes tiveram ou têm as mesmas, dúvidas e medos que nós tivemos, e é claro aprender com a experiência de vocês.

Sempre tive medo de ter filho, porque sou uma pessoa que não tem paciência. Pensava que não daria conta e seria melhor não ter para que a criança e eu não sofresse com essa minha falta de paciência.

Casei em 2010 e falava com Diego (meu marido) que não queria ter filhos, ele acabou se acostumando com a ideia e não pensávamos muito sobre isso, apesar das súplicas da minha mãe para que eu lhe desse um neto, apesar de ela já ter dois do meu irmão mais novo (sou filha do meio, tenho dois irmãos), então não me preocupava.

Em janeiro de 2015 meu pai sofreu um acidente de moto. Quebrou o acetábulo e ficou um mês no hospital e mais dois na cama em casa. Saí as pressas aqui de BH pro ES por conta disso, e em um dos dias que estava com ele no hospital ele me perguntou quando eu teria um bebê. E eu respondi que a principio não tão cedo. Mas essa ideia ficou martelando na minha cabeça e começou a surgir um monte de sentimentos controversos e eu não sabia o que fazer.

Voltando pra BH comecei a pesquisar sobre gravidez, sobre idade para se engravidar, em que momento era mais arriscado o bebê ter algum tipo de problema enfim... chamei Diego pra conversar e falei com ele, vou fazer 35 anos, estou ficando velha, se quisermos um bebê o momento é agora, ele ficou meio passado, disse que como eu já tinha falado que não queria ter filhos e era uma surpresa do nada eu falar, é agora ou nunca.

Na verdade eu nunca tive certeza absoluta se queria ou não queria ter filhos, o que eu tinha certeza é que minha vida era boa do jeito que estava e eu não me sentia preparada para ser mãe. Mas o tempo urge então... escolhi o médico que fez o parto da mãe do Diego quando ele nasceu porque não conhecia nenhum aqui em BH para saber a quantas andava a minha saúde.

Descobri que tinha ovários policísticos e se quisesse engravidar teria que fazer um tratamento de 6 meses tomando um determinado anticoncepcional  diferente do que eu estava acostumada a tomar, segundo o médico e que depois dessa etapa eu teria que fazer um outro tratamento para induzir a ovulação.

Tomei o anticoncepcional de janeiro a julho e o suspendi, e também já estava tomando acido fólico e decidi que não faria a segunda parte do tratamento, e que se fosse da vontade de Deus eu engravidaria independente dessa indução que eu teria que fazer.

Então começamos a tentar, agosto, setembro, outubro e nada, no princípio de novembro acabei chamando Diego pra conversar dizendo que eu queria desistir, que nossa vida era boa do jeito que estava e que era melhor deixar essa ideia pra lá.

Comprei uma caixinha de anticoncepcional com três cartelas, mas como eu já estava menstruada teria que começar a tomar a partir de dezembro e já que se eu não tinha engravidado até ali, não ia ser nesse restinho de tempo que eu ia engravidar... mas foi.


continua...